São muitas as etnias que já passaram e seguem fazendo parte do nosso município. É em razão destes diferentes grupos étnicos, que a cidade possui uma rica variedade cultural. Temos registros de mais de 12 etnias diferentes que se estabeleceram em território barbosense ao longo dos anos. Por isso, Carlos Barbosa é considerada uma importante referência da imigração européia estabelecida no Rio Grande do Sul.
Índios: Os primeiros povos a habitarem o território barbosense antes de sua colonização foram os índios, descendentes dos Kaigangues, conhecidos por bugres. Se estabeleceram no vale do Forromeco, Santa Luiza, Santa Clara Baixa, Torino e Coblens. A influência do índio sobre os colonos europeus desencadeou, na integração de seus costumes, à vida do nosso pequeno agricultor.
Portugueses: Em meados de 1870/1872, se estabeleceram no Forromeco, Paraguaçu, Santa Luiza, Desvio Machado e na Sede, por diversas razões, se destacando como engenheiros, diretores e administradores de colônias e agrimensores.
Alemães: Oriundos de diversas regiões da Alemanha, chegaram por volta de 1855/1860 nas localidades do Paraguaçu onde posteriormente, ocuparam outras comunidades como Santo Antônio do Forromeco, Torino Baixo e Coblens. Hoje, são considerados o segundo maior grupo étnico do município.
Holandeses: O povo Holandês também se estabeleceu em território barbosense, entrando pela região de Torino Baixo, onde é considerado o berço desta colonização, junto a Alemã.
Suíços: Em Julho de 1874, os Suíços Pierre Roduit, Daniel Roduit e François Gedoz, empreenderam a longa viagem para se estabelecerem em Carlos Barbosa. Passados alguns meses, eles comunicaram ao Canton du Valais, localidade presente no sul da Suíça, que a região era interessante, em seguida, várias famílias partiram da Suíça para as terras de Santa Clara Baixa, para os vales de Santa Luiza e Forromeco. O município é considerado o berço da imigração suíço-valesana no Estado.
Italianos: Os Italianos se instalaram em Carlos Barbosa em meados de 1875, ocupando os lotes da Colônia Conde D’Eu. Há historiadores que afirmam já haver italianos ocupando os lotes da antiga Colônia Santa Maria da Soledade, no Forromeco, antes desta data. Sua cultura é marcada em todo o território e são considerados o maior grupo étnico presente no município.
Poloneses: No ano de 1875, se estabeleceram na Primeira Seção de Castro e no Sete de Castro. Os imigrantes ergueram, na Comunidade de Sete de Castro, uma capela em honra à Nossa Senhora da Saúde, conhecida como Capela dos Polacos e em 29 de Outubro de 2000 foi colocada uma cruz-monumento com a frase “Um arado polonês lavrou esta terra”, em língua polonesa.
Franceses: Este povo também faz parte do patrimônio étnico, humano e cultural de Carlos Barbosa. Se estabeleceram aqui, pouco depois dos Suíços, Italianos e Poloneses, nas localidades de Santo Antônio de Santa Clara Baixa e Santa Clara Baixa.
Austríacos: Em razão das guerras e exploração econômica, muitas famílias Austríacas deixaram seu país, movidos pela esperança de encontrar um pedaço de terra e melhores perspectivas de vida por esta região, chegando aqui, junto aos Alemães.
Africanos: Se instalaram em território barbosense para trabalharem como ferroviários, pela rede ferroviária estadual. Trabalhavam como “tuques”, denominação dada à época para os operários responsáveis pela linha do trem, como construtores de pontes e abrindo estradas. Foram os descendentes africanos que introduziram a tradição do Terno de Reis, no município.
Espanhóis: Antônio Zubeldia foi um dos pioneiros que, vindo da Espanha em 1875, foi morador do lote 51, na Linha Santa Clara, Torino. Era agrimensor contratado para fazer o traçado das estradas.
Ucranianos: Por fim, além destas onze etnias, a imigração do povo Ucraniano para o Brasil teve início no final do século XIX onde, se estabeleceram em território barbosense em meados de 1932.
Cada um destes povos trouxe consigo parte de sua história e cultura, contribuindo assim, para a formação do povo barbosense e a grande diversidade cultural presente no município.
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Por Assessoria de Imprensa em conjunto com Beatriz Martin Bianco
Arte: Sandro Darsie